As extrações dentárias para fins ortodônticos são tema de polêmica há quase um século na ortodontia. Existem inúmeras escolas de ortodontia que preconizam as extrações em alguns casos como de apinhamentos severos (falta de espaço para os dentes), protrusão dentária (dentes muito inclinados para frente) ou como compensação dentaria de problemas nas bases ósseas (quando o paciente não quer tratar cirurgicamente); mas por outro lado existem escolas que abominam tal procedimento considerando dispensável.
Quando o paciente apresenta problemas de apinhamento dentário de forma severa, os prejuízos causados por esse problema são muito impactantes na saúde das gengivas e dentes por dificultar a higienização e na estética e auto-estima da pessoa em relação a seus dentes. Nesses casos a extração de alguns dentes em beneficio de todo restante acaba sendo justificável e produz resultados muito bons. O mesmo acontece em casos de profusão ou bi-protrusão onde o perfil e o fechamento dos lábios acabam ficando prejudicado, podendo também ser corrigido através de extrações.
Nos casos onde existem problemas relacionados a bases ósseas (onde o caso é cirúrgico), as extrações passam a ser questionáveis, isso por que antes de realizá-las devem ser esgotados os esforços para que o paciente resolva o problema diagnosticado de forma cirúrgica, pois os benefícios dessa decisão são muito superiores ao que é conseguido apenas com o aparelho ortodôntico. Quando nos deparamos com esses casos o ideal é ter um planejamento multiprofissional encaminhando o paciente para uma conversa com um cirurgião bucomaxilofacial (profissional que executa a cirurgia dos ossos da face), esse poderá esclarecer qualquer duvida relacionada à cirurgia. Caso depois dessa conversa o paciente se recuse a operar, então uma das opções que restam é a compensação dentária muitas vezes necessitando de extrações.
Opinião:
As extrações para fins ortodônticos são um tema amplamente estudados e com uma série de trabalhos publicados mostrando seus benefícios. Portando não é um erro dizer que elas resolvem o problema; o que deve ser salientado é que o caso deve ser muito bem estudado analisando todos os recursos disponíveis na documentação do paciente bem como captar a expectativa do mesmo, ou seja, o diagnóstico deve ser muito bem executado pois é um tratamento irreversível e que quando mal indicado causa problemas maiores que os benefícios. O mais importante é ter consciência.
Dr. Rodrigo Pagnoncelli
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